Era manhã de uma quinta-feira normal, ela estava parada em frente a casa da vó tocando o interfone por longos minutos. Eis que sente um dedinho passando por sua cintura e escuta uma frase indescente. Naquele exato momento olhou para o lado e viu um senhor, o autor da frase ridícula e dono do dedinho enrrugado, pensou que ficaria com dó pela sua idade mas em alguns segundos pensou melhor... Só se via o senhor andando rapidinho e gritando por socorro dizendo que ela era louca, enquanto a coitada da vítima não exitava em lhe dar umas boas bolsadas o chamando de velho tarado.
Sua mãe sempre lhe ensinou a respeitar os mais velhos, mas sempre disse também que nunca ninguém deve tolerar falta de respeito. Ela pensou que não importava a idade, se tinha sã consciência e folêgo de dizer aquilo e fazer aquilo também estava em ótimo estado para receber a reação dela.
Assim, como uma garotinha talvez um pouco mimada e com muitos "não-me-toque" ela ficou inconformada, mas depois riu daquilo tudo. As pessoas que estavam na rua olhavam espantados e não sabiam se riam ou se ofereciam ajuda... ao dois.
Quando estava sã e salva (hahaha) ficou pensando nas inúmeras vezes que já brigou com pessoas desconhecidas na rua por motivos parecidos com esse, às vezes até engraçados e muitas vezes por apenas uma palavra. Sabia que não era muito seguro fazer isso, mas quando se tratava dela própria a dedicação e os cuidados iam ao extremo e na verdade, ela adora ser assim.
Sim, ela sou eu... portanto, por favor...não se aproxime ;)
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